Músicas Chico Sciense, Criolo e Chico Buarque

1820 palavras 8 páginas
MÚSICA: “Construção” – Chico Buarque
“Ele constrói, mas é destruído”

Análise Filosófica
-Pensamento pela razão Esta obra possui uma construção artística exemplar e reflete uma face trágica do homem, apresentado em um momento de vida em “construção”, assim como o título da letra. Mas, ao construir, o homem é destruído por um sistema desumano e uma concepção egoísta. Passando por processo de transformação de ideias e conceitos. Podemos ver exemplos nos versos:
“Amou daquela vez como se fosse máquina
O que se confirma pelo resultado desse processo:
E acabou no chão feito um pacote flácido
[...] pacote tímido
[...] pacote bêbado” Na ultima estrofe o autor reafirma o que foi dito, em que diante da coletividade, o ser humano é visto ironicamente, já que consideram o sábado como um dia destinado para atividades de lazer. E tal homem em questão, sem nome, tão nada, tão coisa que é, não poderia ficar impune. Teve como a desgraça de sua vida morrer em um sábado, em uma contramão, atrapalhando a vida e os divertimentos. O anônimo perturbou todo o sistema, atrapalhou a sociedade, reestabeleceu o estabelecido e desfez o que estava feito. Desarmou o armado, destruiu o instituído. Sendo assim, a música retrata nos versos:

“desencanta o encantado, desmitifica o mito, ordena o caótico” Chico questiona insensatez da sociedade, sua preocupação pelo próximo e o seu desinteresse da comunidade. E, confirmando a retirada dos valores essenciais do homem, durante essa triste vida em “construção”, o amor é, praticamente, anulado e não possui tantas possibilidades para se concretizar, como vemos nos versos:

“Amou daquela vez como se fosse a última
Amou daquela vez como se fosse o último
Chico atesta a desumanização do homem:
Amou daquela vez como se fosse máquina”
E no encerramento das estrofes, existe uma anulação total.
“Morreu[...]
Morreu[...]
Morreu[...]”
Em geral, Chico Buarque mostra a indiferença, a opressão exercida sobre os mais humildes,

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