Música no Barroco

A Europa vivia a época do Mercantilismo, um conjunto de práticas econômicas que visavam o lucro da burguesia e o fortalecimento do rei. Contrapondo essas ideias a Igreja Católica condenava o lucro excessivo, desde o período medieval, mas somente quando o ideal do Mercantilismo se expandiu pela Europa, passou a ser motivo de conflito. Além deste, também houve conflito no sistema político. Estavam no auge do Absolutismo, o poder concentrado nas mãos do rei que passou a ser considerado de origem divina, nobreza e da burguesia se uniram para fortalecer o Estado. O sentimento nacionalista crescia cada vez mais, cada país com seu idioma, seu povo, suas tradições, conflitando com a Igreja que ainda se considerava uma instituição universal que unia os povos cristãos. Cada Estado estava mais interessado em destacar suas diferenças e não suas semelhanças com relação aos outros Estados.

Martin Lutero publicou em 1517 suas 95 teses que contrapunham as práticas católicas, iniciando assim na Alemanha o movimento chamado Reforma, causando uma divisão do cristianismo e consequentemente acabando com o domínio do poder político e espiritual da Igreja Católica. Entre as ideias de Lutero estavam o combate aos excessos da igreja e a venda de cargos eclesiásticos e de dispensas, práticas conhecidas como simonias. Lutero traduziu a Bíblia para o alemão e declarou que os fiéis não precisavam de intermediários para se comunicar com Deus.

A música sacra do mesmo modo que a música profana foi afetada pela monodia, pelo baixo continuo e o estilo concertato, inovações que marcaram o período Barroco. Influenciada pela ópera, a oratória se diferenciava pelo seu tema religioso e pela presença de um narrador, não se destinavam a serem encenadas, assim as ações eram narradas e não representadas. A música sacra não obteve tanto destaque no Barroco quanto a música profana, no entanto fora tão importante quanto.

No período Barroco a Igreja foi diretamente atingida