médicos cubanos
A grande imprensa não conta também que há mais de 30 mil médicos cubanos trabalhando em 69 países da América Latina, da África, da Ásia e da Oceania, lidando com pessoas que falam inglês, francês, português e dialetos locais. Só no Haiti, onde a população fala francês e o dialeto creole, há 1.200 médicos cubanos – que sustentam o sistema de saúde daquele país e, como profissionais com alto nível de educação formal, aprendem rapidamente línguas estrangeiras.
Duas turmas de profissionais do Programa Mais Médicos, somando 145, chegaram nesta sexta-feira no Aeroporto Salgado Filho, sendo recebidos por uma equipe do Departamento de Ações em Saúde (DAS) da Secretaria Estadual da Saúde (SES), junto com outras comitivas gaúchas ligadas à área da saúde. Esse grupo faz parte do 3º ciclo do programa e vai atuar em 121 municípios do interior do Rio Grande do Sul .
Antes de se deslocarem aos destinos de atuação na Atenção Básica, eles participam da II Semana Estadual de Acolhimento, que será realizada a partir deste sábado (8) a 22 de março, no City Hotel, em Porto Alegre (José Montaury, 20). O encontro tem como o objetivo apresentar as políticas públicas de saúde do Estado e integrá-los com os gestores da saúde dos municípios que os recebe rão.
A chegada dos médicos cubanos ao Brasil tem gerado uma série de questionamentos, tanto sobre a legalidade da presença desses profissionais no país quanto sobre a forma de pagamento adotada – repassefinanceiro à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). É preciso ver, antes de tudo, que os médicos cubanos não estão sendo propriamente contratados, nem estão aí para substituir os médicos brasileiros. Eles, na verdade, chegam na condição de intercambistas para, nos termos do acordo internacional firmado entre o Brasil e a Opas, participarem de processo de qualificação profissional,particularmente na área de atenção básica à saúde. Os intercambistas se submetem a um