Mário moura - conferência

File#4 Catarina Bargado Design de Comunicação I – 1º Semestre Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa

Humor... sério? No passado dia 21 de Abril, Mário Moura encerrou mais um ciclo de conferências, esta dando destaque ao livro dot-dot-dot.
A linha de conversa não é nem de perto recta, Mário Moura pega numa ponta e dá voltas e voltas em torno das mais variadas rubricas, sempre de uma forma ambígua e com uma pitada de humor.

Dentro dos vários temas não pude deixar passar ao lado um deles, em especial – a seriedade e o humor nos meios de comunicação- hoje em dia o humor e a seriedade não anda par a par, como acontecia à uns anos atrás.
As notícias que nos chegam à mão vêm sempre com uma carga de austeridade, a que não podemos ficar indiferentes. Há quem defenda que este rumo é o certo e cada vez se deva afastar mais a realidade do humor, mas não é o caso de Mário Moura, nem o meu.
Já se provou, antes, que o humor pode ser uma forma de combater a comodidade e o ócio. O humor pode ser um meio para alcançar um fim, que mostre ao mundo a indignação, a crítica e a revolta que possamos sentir, que reforce até a própria realidade, de uma forma mais sarcástica e caricata.
O humor pode ainda ser talvez a única maneira de não nos acomodarmos e aceitarmos o que está perante nós, ou simplesmente ler algo de uma forma mais divertida, e por isso mais motivante.

O humor é sem dúvida, um manifesto, e deve por isso voltar a unir-se com a seriedade, e não a afastar-se dela. Porquê, também, não nos rirmos da nossa desgraça e brincar-mos com isso? Claro, não sendo esse humor, de forma alguma, uma maneira de nos acomodarmos, mas sim de intervir-mos e tentar-mos, de facto, mudar o rumo das