Musica
O álbum escolhido é “Opera do Malandro” de Chico Buarque que foi lançado em 1979, o disco traz músicas do musical homônimo do mesmo auto em meados 1977/1978 um ano antes da estreia da peça, baseado na Ópera dos Mendigos, de 1728, de John Gay, e na Ópera dos Três Vinténs, de Bertolt Brecht e Kurt Weill. Baseado nestes autores Chico Buarque desenvolveu as musica deste álbum “Opera do Malandro”.
A canção aqui analisada como corpus deste artigo “Geni e o Zepelim” foi uma das mais divulgadas e de maior sucesso do álbum “Opera do Malandro” estourada nas rádios da época, ela foi e é uma das canções mais populares do álbum lançado.
A musica “Geni e o Zepelim”, extremamente crítica, à hipocrisia social e ao falso moralismo religioso e conservatório dos moralistas da época da criação. Obra criada de forma irônica demonstrando também sarcasmo “da realidade” retira do tempo cronológico datado e revelando condição atemporal própria do discurso estético. Para tratar desse aspecto é que analisaremos como a construção estética da canção é feita.
Gení personagem principal é um “travesti” marginalizado que sofre preconceitos homossexuais, exclusão, mal difamada, quando só tem utilidade para povo como mau exemplo. Deforma inesperada a necessidade estrema da intervenção da Geni, o povo com comportamento hipócrita. Clama e aclama Geni ao precisar de seus serviços estando em suas mãos, a ironia é aplicada de forma subversiva que relativiza os sujeitos, as diferença social e os poderes exercidos das vozes sociais na canção, representadas pelas figuras do comandante, do prefeito, do bispo, do banqueiro e da cidade. Coerção e suborno sobre Geni para que atendesse seus pedidos.
Tudo relatado pela voz do narrador, que orquestra toda a narrativa por meio do discurso irônico e com duplo sentido. De forma que e aplicado com malandragem das (vozes sociais) fazendo coerência com o nome do álbum em que se encontra.
O narrador fala sobre Geni sem