MUSEU

RESUMO: O MUSEU E AS TECNOLOGIAS DA INTELIGÊNCIA: MEMÓRIA E OBJETO

José Claudio Alves Oliveira
Historiador, Jornalista, Museólogo e professor

Os museus se abriram para novas experiências e com isso seus espaços foram se transformando passando a acompanhar a evolução da tecnologia e enquadrar suas linhas de trabalhos em novas perspectivas
Um novo conceito de museu se estabeleceu por conta do nascimento de uma nova sociedade, a sociedade da informação e da sua cultura. Nessa nova sociedade surge novos valores e formas diferentes em dar sentido, e de forma contínua as mudanças ocorrem em mão dupla, o meio social modificando o homem e o mesmo transformando esse espaço. Com os avanços da tecnologia onde a informação está disponível e acessível em curto espaço de tempo por meio da cibernética, o Museu vem a se valer desse espaço para evoluir junto com a história e sociedade.
Quando nos perguntamos sobre o objetivo principal da existência do Museu, podemos dizer que desde a Grécia Antiga o objetivo é observar a memória social, é um trabalho voltado para a troca e apresentação das diversidades ocorridas e que ocorrem nas culturas. Quando falamos em especificar objetivos do museu podemos citar nutrição da vida do objeto exposto, através de um trabalho contínuo de pesquisa, classificação e conservação, percebendo e evidenciando seus significados através de uma linguagem adequada aos diversos interesses.
Com todas as transformações surge a cibercultura que é a sociedade que se apropria da técnica. Essa técnica por sua vez é no meio tecnológico a extensão e comunicação da nossa história e memória.
O ícone memória permeia a relação sociedade e história e alguns autores trazem algumas definições para melhor compreensão. Ecléa Bosi explica que Bergson dá ênfase na conservação dos estados psíquicos vividos, que possibilita as escolhas entre alternativas que a modernidade pode oferecer, memoria funcionando como limitante da indeterminação. Para Lévy existe dois tipos de memória,