Museodiversidade

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TRAJETÓRIA DO FENÔMENO MUSEU, DE SUA GÊNESE ÀS DIFERENTES MANIFESTAÇÕES, NA ATUALIDADE

Nesta nova perspectiva, a função social do Museu é ser um instrumento de desenvolvimento social e cultural, a serviço de uma sociedade democrática. Em uma certa perspectiva, parece essencial que se desenvolva um “Novo museu” caracterizado por outros objetivos e práticas que o diferem do “museu tradicional”. Para a Nova Museologia, o museu tradicional – modelo constituído no mundo ocidental ao longo do século XVIII, e transformado em seguida por toda a parte em norma para o desenvolvimento da instituição museológica – é profundamente marcado pelo projeto de construção de uma cultura nacional baseada no mito da homogeneidade cultural – segundo o qual uma cultura dominante é selecionada e elevada ao estatuto de cultura oficial em detrimento da variedade de culturas existentes ou que existiram no passado, no território nacional.
Os grandes pontos de referência da nova Museologia e que forjaram o conceito contemporâneo de museu foram A Declaração da Mesa-Redonda de Santiago do Chile (1972), marco que introduziu o conceito de museu integral, enquanto instrumento de mudança social, desconstruindo a ideia do museu tradicional; A Declaração de Quebec, ratificando os novos rumos que a museologia estava traçando; e, em 1992, a Declaração de Caracas, em que foi dada a chancela nos trinta anos que antecederam a nova era dos museus.

MUSEUS: CARACTERÍSTICAS E MODELOS CONCEITUAIS

Museu tradicional

O modelo de museu “tradicional” que se destaca, ainda hoje, foi concebido entre os séculos VI e o final do século XVIII. Este modelo apresenta as seguintes características: horário de visita, guarda de objetos originários de diferentes lugares do mundo onde foram coletados, analisados e expostos ao público. Dentro deste conceito, o museu “tradicional” se subdivide em outras três: o ortodoxo, o exploratório ou interativo e o museu com coleções vivas.

O museu tradicional ortodoxo tem

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