Município, palco para novos cenários de uma política cultural transformadora

1

MUNICÍPIO:
PALCO PARA NOVOS CENÁRIOS
Por uma Política Cultural Transformadora
Por
FELIPPE de ROSENBURG
Tel: [phone] e-mail: [e-mail]

2
MUNICÍPIO: PALCO PARA NOVOS CENÁRIOS
Por uma Política Cultural Transformadora
“A juventude, embora esmagada nas relações econômicas dominantes, que lhe conferem um lugar cada vez mais precário, e, mentalmente manipulada pela produção de subjetividade coletiva da mídia, nem por isso deixa de desenvolver suas próprias distâncias de singularização com relação à subjetividade normalizada. A esse respeito, o caráter transnacional da cultura pop (rock, no original, mas podendo ser apropriado até para o hip hop, funk, entre outras tribos) é absolutamente significativo: ela desempenha o papel de uma espécie de culto iniciático, que confere uma pseudo-identidade cultural a massas consideráveis de jovens, permitindo-lhes constituir um mínimo de Territórios
Existenciais.”
Felix Guatarri

Realidade: Quadros em Movimento
Faces da Periferia

Ao comentar a situação atual das quadrilhas envolvidas nos conflitos armados em comunidades carentes do Rio de Janeiro para o Jornal do Brasil, o deputado estadual Carlos Minc - membro titular da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa - estima em 600 mil o número de pessoas que moram em áreas de conflito no Rio.
O fenômeno não se restringe as grandes cidades, nem tampouco a extratos tão carentes da população. Adolescentes que ouvem rap, usam drogas e andam armados, também matam, organizados em gangues que vivem em cidades do interior de São Paulo, incluindo várias com menos de 50 mil habitantes.
Em reportagem recente da Folha de São Paulo, a guerra entre gangues de Franca/SP, já com 300 mil habitantes, fez triplicar o número de homicídios registrados nos primeiros quatro meses do ano, comparados com os de 2002. Já em Morro Agudo/SP, com cerca de apenas 25 mil habitantes, a intolerância entre duas gangues dividiu literalmente a cidade