Mulheres e a politica
O pequeno percentual de participação das mulheres nos poderes brasileiros é um dos exemplos mais concretos da exclusão feminina no Brasil. Apesar de representarem, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, 54% do eleitorado do país, as mulheres ocupam menos de 9% dos cargos eletivos. Mesmo com a aprovação da Lei de cotas, que garante 30% de candidaturas femininas no total de candidatos apresentados pelos partidos nas eleições proporcionais, a mulher continua à margem do processo político brasileiro. É sobre o sistema de cotas que trata o presente trabalho a partir de sua implementação no Brasil, o motivo pelo qual instituiu as conseqüências de sua implementação, os resultados apresentados e o balanço geral sobre esse sistema, que tem inúmeras peculiaridades e se ajusta conforme a legislação do país em que é implantado. A política de cotas é um instrumento utilizado pelos governos a fim de amenizar discriminações a determinado grupo de pessoas. São políticas públicas, geradas a partir dos conflitos internos e externos do campo propriamente político. É conhecida como Ações Afirmativas ou ainda, Discriminações Positivas como alguns doutrinadores o preferem. A razão porque esta política vem dando, no mínimo, mais visibilidade à exclusão da mulher nos espaços políticos e às disparidades existentes no âmbito político, entre homens e mulheres. Como o impacto proporcionado pela ação política do movimento feminista é responsável pela gradativa mudança de mentalidade que vem se processando na sociedade, tema central das discussões de gênero, e a constatação de que o setor político continua como santuário que foge às mulheres, haja vista a resistência histórica de integrar mulheres nestes “redutos”, no qual os homens dominavam e ainda dominam quase plenamente. As feministas que muito atuaram em busca de igualdade e de equidade entre homens e mulheres obtiveram um grande avanço