Mudança na Lacração dos Medidores de Energia

As companhias de energia do Brasil têm as ligações clandestinas como um dos principais problemas a serem enfrentados. Além das perdas financeiras e da energia gerada acontece o prejuízo para o consumidor, pois a qualidade do serviço prestado é reduzida.

As ligações clandestinas são as ligações realizadas na rede de abastecimento sem autorização da companhia de energia. Neste caso, a energia é retirada de um local, onde a rede é programada para atender a um determinado número de usuários. Este cenário é muito freqüente em periferias, onde a rede de energia ainda não foi instalada. Os usuários fazem uma rede com materiais próprios ligados a um ponto do sistema de abastecimento.

A fraude acontece quando o usuário realiza um desvio, conhecido com “gato” para que a energia consumida não passe pelo medidor. E por fim, existe a adulteração dos medidores, que também implica em fraude.

Para tentar reduzir estes índices de perda de energia a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) planeja substituir os tradicionais relógios eletromecânicos, que fazem atualmente a medição do consumo mensal de energia dos imóveis residenciais, por equipamentos de medição eletrônica, que permitem fazer o controle de modo mais eficiente e em tempo real.

Em algumas regiões do Brasil a maioria das residências ainda usa o medidor eletromecânico, mas a medição eletrônica começou a ser implantada. Apesar das mudanças, o resultado não foi tão positivo quanto esperado, pois as fraudes ainda continuaram. Pensando nisso as concessionárias mudaram a especificação dos medidores a serem instalados. A idéia é a utilização de medidores descartáveis, instalados com tampa solidária, depois de lacrados no local, se houver tentativa de violação, eles ficam inutilizados.

Outra mudança que já está ocorrendo é a mudança no padrão de entrada dos medidores. Atualmente os medidores ficam localizados dentro de casa, o que facilita a adulteração do equipamento e dificulta o acesso dos agentes que