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Vladimir defende reabertura do Calabouço

Até o final do mês de abril, começam as tentativas de diálogo entre estudantes e autoridades governamentais. Buscando evitar confrontos com a polícia, Vladimir Palmeira consegue autorização do governador do estado, Negrão de Lima, para realizar manifestação a favor da reabertura do restaurante Calabouço. O governo havia oferecido bolsa alimentação à alguns alunos que freqüentavam o restaurante, porém todos aqueles que cursavam o Instituto Cooperativa de Ensino ficariam sem ter onde fazer as refeições. Seriam seis mil jovens nesta situação.

Estudantes se reuniram em frente ao Ministério da Fazenda, sendo observados de longe por tropas de choque da Polícia Militar.

Agentes do DOPS infiltrados, tentaram prender o presidente da FUEC, Elinor Brito, que conseguiu escapar ao entrar em um táxi.

O mesmo aconteceu com o presidente do DCE da UFRJ, Walmor Soares. Ao final, todos se dispersaram.

Movimento estudantil

O ano de 1968

Um ano que ainda ecoa nos dias de hoje, pela imensa quantidade de acontecimentos em vários setores da sociedade.
No Brasil e no mundo, 1968 representou transformações profundas, manifestações reais, revoltas genuínas, explosões culturais. O capitalismo se modificava, a industrialização delineava novos processos de produção. No mundo socialista, a economia da URSS, segunda potência mundial, apresentava os primeiros sinais de crise, com reflexos em vários países do Leste Europeu.
Estudantes faziam barricadas nas ruas de Paris. Movimentos de contestação eclodiam na Alemanha, Bélgica, Espanha, Itália, Japão, assim como nos Estados Unidos, onde universitários se posicionavam contra a guerra do Vietnã.
No Brasil, a juventude também protestava. contra a grave situação das universidades e contra o regime militar. O movimento estudantil buscava melhorias no sistema educacional, a justiça social, o direito de se manifestar livremente, o desejo de transformar o mundo.
Contudo, como explicar

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