Movimentos sociais na América Latina: elementos para uma abordagem comparada.
Bibliografia
GOIRAND, Camille. Movimentos sociais na América Latina: elementos para uma abordagem comparada. Estud. Hist. (Rio J.), Rio de Janeiro, v. 22, n. 44, dez. 2009. Diponível em: http://virtualbib.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/2591/1544. Acesso em: 27 mar. 2011.
Idéia Geral
A autora traça um debate a respeito dos novos movimentos sociais a partir de uma perspectiva que apresenta as especificidades destes na América Latina, América do Norte (Estados Unidos) e Europa.
Goirand destaca as trajetórias históricas, as caracteríticas dos movimentos sociais ditos “novos” que se afirmaram na América Latina a partir da década de 70, se instrumentalizando das principais perspectivas adotadas pela sociologia política para analisar essas mobilizações; apresenta, também, elementos de reflexão sobre os caminhos para uma renovação dos quadros de análise desses movimentos sociais enfatizando a urgência de renovação dos modelos hoje disponíveis para observar os movimentos sociais desse continente.
Idéias Principais
“Na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina, alguns anos após 1968, esses “novos movimentos sociais” começaram a contestar a ordem social, e depois, a partir do fim da década de 1970 e início dos anos 1980, começaram a participar da oposição aos regimes autoritários. [...] a Igreja Católica da Teologia da Libertação fomentou e apoiou mobilizações que, afirmando a dignidade dos pobres e dos humildes frente ao poder político, contribuíram para estruturar progressivamente as oposições aos regimes militares. Surgidos durante a liberalização da década de 1980, esses movimentos muito diversos estruturaram-se, numa primeira etapa, fora do contexto oferecido pelos partidos políticos e os sindicatos tradicionais, obedecendo a lógicas apresenta das como “novas”” (p.323).
“A “novidade” desses movimentos [...] decorre, sobretudo da ausência de um envolvimento de classe claramente definido, da ausência de estruturação ideológica