movimento de reconceitução

A Desigualdade e a invisibilidade social na formação da sociedade brasileira

Ao analisar a identidade do povo brasileiro, baseado na sociologia com as obras de Jessé Souza e na psicologia com a obra de Fernando Braga da Costa, percebe-se que a desigualdade social está presente na formação da sociedade brasileira.
Ao criticar a visão de vários autores da sociologia clássica sobre o surgimento da desigualdade na colonização do Brasil, Jessé Souza e Fernando Braga Costa tentam compreender sob uma perspectiva histórica a invisibilidade social e as razões da desigualdade social, construindo uma teoria e projeto de compromisso social.
Vários autores da sociologia clássica brasileira, exaltam as qualidades do povo brasileiro mas não abordam as causas da desigualdade no país, explicando o jeito de ser do brasileiro com conceitos de personalismo, familismo e patrimonialismo. Segundo Souza (2006), os autores clássicos ao explicar o comportamento do brasileiro pela colonização portuguesa, deveriam considerar também outras influencias como a da Europa Burguesa.
Jessé Souza, em seus três livros (2000,2003,2006), critica os mitos da sociologia clássica brasileira nas últimas décadas, tentando mostrar a verdadeira origem da desigualdade brasileira. No livro A modernização Seletiva (2000), Souza discorda da abordagem clássica da influencia portuguesa, que despreza a variedade dentro da modernidade ocidental e elementos específicos da formação brasileira.
Na construção de sua teoria, Souza descreve o processo de ocidentalização do Brasil influenciado pela Europa burguesa desde o século XIX com a chegada da família real e posterior independência.
No livro A construção Social da Subcidadania, Souza afirma que o Brasil se moderniza de fora para dentro, adotando práticas européias burguesas, substituindo o estilo pratriarcal português no século XIX, acentuando a desigualdade no país.
Com a abolição da escravidão, no século XIX, apesar de libertos, pouco restava aos