Movimento de Reconceituação

A perspectiva modernizadora não se exaure nos ideais postos no Documento de Araxá e no Documento de Teresópolis. Antes disso, a perspectiva se depara com ideias diferentes de vários trabalhos de profissionais que foram desenvolvidos entre a segunda metade dos anos setenta e o final dos anos oitenta. O estudioso que é referenciado como o melhor intelectual para esta tendência é Lucena Dantas, porém as outras formulações de responsabilidade coletiva, que os documentos apresentam, alcançou a mais expressiva síntese, de um jeito de abranger o Serviço Social no contexto brasileiro, dando suporte a políticas de desenvolvimento.
O Documento de Araxá foi resultado das reflexões de 38 assistentes sociais, a partir de uma esfera consensual na apreciação da profissão. O Serviço Social é caracterizado por agir junto a indivíduos com problemas familiares e sociais, as ações podem ser corretivas, preventivas e promocionais, as duas últimas definem a inserção do Serviço Social o processo de desenvolvimento, logo depois a uma realização integral do homem.
É da “perspectiva da globalidade” que surge a ideia que, em Araxá, vai direcionar à “adequação da metodologia às funções do Serviço Social” (CBCISS,1986: 30). Analisando as funções submetidas à profissão, o documento compreende que elas estão em dois níveis, da micro e da macroatuação. Na micro “essencialmente operacional” (CBCISS, 1986: 31), relacionam-se a administração e a prestação de serviços diretos, no nível de macroatuação está a integração das funções do Serviço Social para o nível do desenvolvimento ao nível de política e planejamento. E nesta integração esta suposta “a participação no planejamento, na implantação e na melhor utilização da infraestrutura social” (idem, ibid.).
O Documento de Araxá não enfrenta a “teorização do Serviço Social” totalmente. Não é possível localizar uma concepção teórica focada sobre a profissão, antes, o documento reduz a teorização a “uma abordagem técnica operacional