Morte e Vida Severina

Resenha Crítica da Obra: Morte e Vida Severina
Autor: João Cabral de Melo
Resenha crítica: Larissa Pinho

O filme “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo, conta a história de um nordestino que sonha em encontrar melhoras para sua vida. E inicia uma jornada para uma cidade grande (Recife), julgando ser lá o lugar onde levaria um vida digna. Durante a viagem o nordestino de nome Severino presencia diversos velórios, a morte é algo corriqueiro naquela região, existia muita miséria. Sendo Severino um homem do campo ao avistar uma plantação ele acredita que com a sua força e vontade de trabalhar, a vida tão sonhada estava cada vez mais perto. Um pouco mais adiante o viajante encontra mais um grupo de pessoas em mais um enterro e a sua alegria se desfez. Os agricultores ao velar cantavam, e diziam na canção que a terra por eles cultivada e tão desejada, se resume unicamente no pedaço que lhes cabe daquele latifúndio era o lugar onde estariam sepultados. O povo nordestino com todos os males que os cercam, com as dificuldades que enfrentam, são também um povo acolhedor e solidário, Severino observa isso ao ver uma esperança em mais uma vida que surge ao meio de tanta desgraça, o pouco que tinham ofereciam para celebrar a vida.
Diante de tantos problemas mostrados no filme podemos nos sensibilizar, pois sabemos que depois de tanto tempo desde a publicação da obra, nos dias de hoje ainda encontramos situações tão criticas como antes. O problema da seca, fome e miséria, a falta de oportunidade de uma vida digna com o reconhecimento e a valorização do trabalho agrário, o alfabetização dessas pessoas seria também uma porta aberta para esses trabalhadores, que sobrevivem com tão pouco.