Morfofisiologia Evolutiva - Evolução Ramificada

Título: Evolução Ramificada
Autor: Diego de Almeida da Silva, Universidade Federal do ABC
Email: [e-mail]
Resumo: Ver a evolução como uma seqüência linear e repetitiva, moldada apenas pelo princípio da Seleção Natural é uma visão que se mostra equivocada. Muitos outros conceitos e idéias devem ser empregados para explicá-la, e ver a evolução nessa visão inicialmente apresentada aprisiona uma série de idéias importantes. O conceito de monofiletismo é a chave para uma análise ramificada.
Palavras-Chave: Evolução, Homologia, Monofiletismo, Natural, Seleção

•

A supremacia da Seleção Natural
Em 1859, Charles Darwin definiu seu modelo de mecanismo de alteração de caracteres

por evolução. Segundo o mesmo, cada caractere útil ao indivíduo para sua adequação ao meio em que vive é transferido aos descendentes numa disputa reprodutiva, sendo preservado nas gerações seguintes. Uma idéia relativamente simples, e ao mesmo tempo poderosa, à qual chamou de Seleção
Natural.
Esse conceito tem sido amplamente empregado ao longo do tempo. Muitas vezes como o único mecanismo orientador da evolução. Mas não é necessariamente isso que ocorre na prática, pois nem todas as características são definidas de acordo com um valor adaptativo. Existem muitas outras causas fundamentais às alterações de caracteres e comportamentos de indivíduos e espécies inteiras, principalmente no que se refere à organização biológica. Ao nível do DNA, uma alteração é muitas vezes neutra e aleatória, no caso de se tratar de um único indivíduo, mas quando há um equilíbrio pontuado em espécies ou faunas inteiras nesse sentido, ocorre uma tendência evolutiva.
Grandes catástrofes ambientais também afetam diretamente essa questão, como nos casos de extinção em massa, que apagam da face da Terra uma parcela considerável da biota existente.
Exemplo disso é a extinção dos dinossauros, há cerca de 65 milhões de anos. Esses grandes seres eram dominantes entre as espécies