modernidade tardia - Giddens

Texto: Modernidade e Identidade (cap. 1 e 2)
- Discuta as conseqüências da modernidade tardia, para Giddens, levando em consideração a teoria da estruturação e a idéia de monitoração reflexiva.
A teoria da estruturação de Giddens contrapõe o funcionalismo e o estruturalismo à hermenêutica de forma a apresentar essas duas vertentes afirmando que as diferenças entre elas são também ontológicas e não somente epistemológicas. De um lado, mostra com um sentido prioritário, a estrutura em razão da ação humana, ou seja, o todo social sobreposto ao individual; por outro lado, mostra a primazia da ação na explicação da conduta humana, no caso da hermenêutica, onde o sujeito é concebido como elemento externo ao meio e a experiência deste sujeito sobre a natureza é o fundamento básico das ciências sociais e humanas. A teoria da estruturação propõe o que Giddens chama de “dualidade da estrutura”, onde as atividades humanas não são criadas pelos atores e sim recriadas constantemente e isso dando-se pela mesma forma em que se expressam como atores. Nas atividades e através delas, os atores reproduzem as condições que possibilitam as atividades num fluxo continuo. Nesse sentido, Giddens trata a idéia da monitoração reflexiva através da consciência prática e depende da competência que os atores sociais possuem para racionalizar as suas ações, pois considera o agente como um ser dotado da capacidade de discorrer sobre estas atividades. Ou seja, tem consciência do que está fazendo e justamente por isso, traz o pressuposto de que a mudança social é possível, pois, racionalizando e analisando visam estratégias de atuação que possam transformar as condições de existência.

A modernidade tardia, segundo Giddens, é sinônimo de sociedade na qual a reflexividade é introduzida na base de reprodução do sistema social. Giddens (1997) prefere a expressão modernidade reflexiva ou tardia, pois acredita que a modernização reflexiva possibilita o entendimento e a criação de interpretações que