Modernidade ontem, hoje e amanhã

A modernidade pode ser designada como um conjunto de experiências presentes no dia-a-dia, unindo a espécie humana. Ser moderno é fazer parte de um universo no qual, como disse Marx, "tudo o que é sólido desmancha no ar". Exprime-se em caráter de constante transformação, que ao mesmo tempo que inova, ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos; põe em risco toda a história de tradições, se manuseadas do jeito incorreto, em outras palavras, as possibilidades transformadores praticamente se igualam as perspectivas destruidoras de história e tradições. Há sempre algo novo, uma ideia nova, um sistema novo, as descobertas vem cada vez mais rápidas a todo o momento – grandes descobertas nas ciências físicas; a industrialização da produção; explosão demográfica e rápido crescimento urbano; dinamização dos sistemas de comunicação de massa; fortificação dos Estados Nacionais; etc.
O autor pincela esse paradoxo da história de modo registrar a intenção de compreender de que maneira as transformações as quais o conceito de moderno sofreu podem influenciar no que hoje se considera modernidade. A primeira fase ocorre no inicio do século XVI, em que a modernidade não é tão notada, não é valorizada e não possui um grande público, período no qual as pessoas não possuem uma percepção nítida do movimento proveniente da modernidade, ainda que estas possam estar inseridas do modo mais intenso possível neste. Na segunda fase, no século XIX, a modernidade ganha vida e público, que está em busca de algo a mais, mas sem deixar a vida de antes; é viver uma experiência nova e ao mesmo tempo estar preso ao passado, trazendo à tona a ideia de modernismo e modernização; Como expõe Marshall, as pessoas detêm o sentimento de viver em meio as “ondas” revolucionárias e seus respectivos efeitos nos campos econômico, político e social. No século XX, nossa terceira e última fase, a expansão da modernidade é universal, linguagens variadas, uma multidão de fragmentos, um tudo