Modelo atômico de Rutherford

Ernest Rutherford, cientista nascido na Nova Zelândia, realizou um dos mais famosos experimentos sobre a estrutura atômica onde desmontou o conceito da continuidade da matéria. Seu raciocínio foi bastante simples: imagine que alguém atirasse com uma metralhadora em um caixote de madeira fechado, cujo conteúdo é desconhecido. Se as balas ricocheteassem, não atravessando o caixote, concluiríamos que dentro dele deveria haver algum material como concreto ou ferro maciço. Mas, se as balas o atravessassem, chegaríamos a conclusão de que ele deveria estar vazio ou então conter materiais leves, como isopor, serragem ou similares. Porém, se parte das balas passasse e parte ricocheteasse, concluiriamos que materiais dos dois tipos deveriam estar presentes no caixote. Quanto mais balas o atravessassem, menos material pesado deveria existir no seu interior. Rutherford atirou numa finíssima folha de ouro, cuja espessura se estima em torno de 300 ou 350 átomos, o que corresponde a 0,00001cm. A "metralhadora" utilizada por ele lançava partículas alfa. Para saber se essas "balas" atravessavam ou ricocheteavam, ele usou uma tela feita com um material fluorescente que emite uma luminosidade instantânea quando atingida por uma partícula alfa. A experiência mostrou que a grande maioria das partículas alfa atravessava a folha. Apenas algumas poucas eram desviadas ou ricocheteavam.Assim, os átomos não poderiam ser maçiços, pois as partículas alfa não conseguiriam atravessá-los. As observações feitas durante o experimento levaram Rutherford a tirar uma série de conclusões: a) Observação: A maior parte das partículas alfa atravessava a lâmina sem sofrer desvios. Conclusão: A maior parte do átomo deve ser vazio. Nesse espaço (eletrosfera) devem estar localizados os elétrons. b)Observação: Poucas partículas alfa não atravessavam a lâmina e voltavam. Conclusão: Deve existir no átomo uma pequena região onde está concentrada a massa (núcleo). c) Observação: Algumas partículas alfa sofriam