mobilização social
REFLEXOS NA POLÍTICA
Introdução A mobilização social é, muitas vezes, confundida com manifestações públicas, com a presença das pessoas em uma praça, passeata, concentração. Mas, isto não caracteriza uma mobilização. A mobilização ocorre quando um grupo de pessoas, uma comunidade ou uma sociedade decide e age com um objetivo comum, buscando, quotidianamente, resultados decididos e desejados por todos. Mobilizar é convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum, sob uma interpretação e um sentido, também, compartilhados. Toda mobilização é mobilização para alguma coisa, para alcançar um objetivo pré-definido, um propósito comum, por isto é um ato de razão. Pressupõe uma convicção coletiva da relevância, um sentido de público, daquilo que convém a todos. Para que ela seja útil a uma sociedade, tem que estar orientada para a construção de um projeto de futuro. Se o seu propósito é passageiro, converte-se em um evento, uma campanha e não, em um processo de mobilização. A mobilização requer uma dedicação contínua e produz resultados quotidianamente. Como se fala de interpretações e sentidos também compartilhados, reconhece-se a mobilização social como um ato de comunicação. A mobilização não se confunde com propaganda ou divulgação, mas exige ações de comunicação no seu sentido amplo, enquanto processo de compartilhamento de discurso, visões e informações. O que dá estabilidade a um processo de mobilização social é saber que o que se faz e o que se decide, no campo de atuação quotidiana de um dado cidadão, está sendo feito e decidido por outros, em seus próprios campos de atuação, com os mesmos propósitos e sentidos. Cidadão é a pessoa capaz de criar ou transformar, com outros, a ordem social e a quem cabe cumprir e proteger as leis que ele mesmo ajudou a criar.” Toro e Werneck, 1996.
Inicialmente, este tema despertou grande preocupação a este grupo de trabalho, principalmente por se tratar de tema