mitoxfilosofia

419 palavras 2 páginas
Aluna: Aline Sinara Curso: Psicologia 2014.2
Disciplina: Filosofia e Ética Professora: Tereza de Lesieu

Mito e filosofia
“Na história do homem, as origens geralmente nos escapam. Entretanto, se o advento da filosofia na Grécia marca o declínio do pensamento mítico e o começo de um saber de tipo racional, podem ser fixados a data e o lugar de nascimento da razão grega e estabelecido seu estado civil. (...)”
(VERNANT. P. As origens do pensamento grego.Rio de Janeiro: Difel,2002. 109 p.)
Desde que o homem passou a fazer uso da linguagem, ele se empenhou em explicar o que acontecia ao seu redor. No plano da natureza, os fenômenos meteorológicos e no plano da vida cotidiana o sofrimento, a morte e os acontecimentos que desde os primórdios nossos antepassados não ignoraram, mas propuseram explicações para essas realidades. Uma das primeiras tentativas que se tem notícia de tecer um discurso que explicasse a realidade ficou conhecida como mito. O mito é uma narrativa tradicional que procura explicar os principais acontecimentos da vida. O que há de marcante nessa narrativa é que a explicação oferecida pelo mito é sempre de caráter maravilhoso e fora do que nós ocidentais hoje chamamos de natural. O discurso mitológico aproxima-se de forma inquestionável do discurso religioso. Por exemplo, a história de Prometeu, acorrentado pelos deuses como castigo por haver-lhes arrebatado o fogo para entregá-lo aos homens; ou ainda, a caixa de Pandora cuja abertura permitira a entrada no mundo de tudo o que é mal e causador de dor e sofrimento.
No entanto, como afirma Vernant (2002) na epigrafe deste trabalho, o pensamento mítico declinou e deu lugar ao discurso filosófico. Os relatos maravilhosos dos feitos dos heróis e as intervenções dos deuses já não satisfaziam aqueles que buscavam compreender o mundo e seu funcionamento. E, ainda segundo Vernant (2002), “é no princípio do século VI a.C, na Mileto Jônica, que homens como Tales, Anaximandro,

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