mitos

MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia. Rio de Janeiro: ZAHAR, 2007, P. 19-28
NOTA DE LEITURA
O autor nesse texto, procura explicar a mudança do pensamento mítico para o pensamento filosófico – cientifico. Lembrando que essa ruptura não ocorreu bruscamente. Nas civilizações antigas como Grécia, Fenícia, Egito entre outras, as pessoas procuravam explicar os acontecimentos tomando como referencial o sobrenatural, ou seja, buscavam respostas as questões que faziam parte do cotidiano da humanidade em outro mundo e não o mundo físico onde viviam. Sendo assim, o mito tem um aspecto de ficção, que não precisa estar relacionado com o mundo físico. Ele também não é uma mentira, ele existe para explicar o que a razão humana não consegue atingir. Sendo assim, existiam dois mundos: O Mundo dos Deuses e o mundo dos homens. Aos poucos começam a surgir formas de pensar diferente, que o mundo precisa ser explicado a partir dele mesmo e não a partir da ficção. Surgem então os primeiros indícios do pensamento filosófico cientifico: primeiro a physis que significa natureza ou mundo natural, onde alguns estudiosos procuram dar explicação causal dos processos e dos fenômenos naturais a partir de causas puramente naturais, isto é, encontráveis na natureza, no mundo natural, concreto, e não fora deste como nas explicações míticas. Em segundo lugar vem a causalidade, onde busca a causa dos acontecimentos, se conseguirem encontrar a explicação de como as coisas acontecem, então conseguirá explicar o mundo. Em terceiro vem a arqué (elemento primordial), para os estudiosos é necessário encontrar o ponto de origem, para dar uma explicação mais pura e verdadeira possível sobre os acontecimentos, das coisas naturais. Tales de Mileto cita a água como exemplo, porque a água, não se sabe. Em quarto lugar temos o cosmo (mundo), aqui apresenta como forma de viver em sociedades organizadas, com pensamento e idéias bem elaboradas e seguidas para evitar o caos. Temos também, o logos,