Mito de prometeu

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
FACULDADE DE FILOSOFIA

ANÁLISE FILOSOFICA DO MITO DE PROMETEU NO DIÁLOGO PROTÁGORAS

ANÁLISE FILOSOFICA DO MITO DE PROMETEU NO DIÁLOGO PROTÁGORAS

O mito de Prometeu já foi e ainda é utilizado por muitos poetas, filósofos e pensadores de diferentes vertentes para justificar, para provar, para exemplificar e analisar as virtudes e os erros da humanidade. A atitude transgressora em uma época de confrontos de forças e raças, como remonta o mito prometéico, faz do personagem mitológico Prometeu um modelo do certo e do errado, uma dicotomia digna de análise que é colocada à prova e como prova por muitos pensadores antigos e contemporâneos.
Como um grande exemplo das utilizações diversas do mito de Prometeu, o filosofo Platão, em seu diálogo Protágoras, faz uso das personagens Prometeu e Epimeteu, com uma versão própria, para investigar, através do diálogo entre Sócrates e Protágoras, acerca da virtude, se a mesma pode ser ensinada ou não.
Para Platão, a felicidade está na procura do Bem e do Belo, como algo Uno e indispensável. Segundo o autor Evilázio F. Borges Teixeira, no livro A educação do homem segundo Platão: “ As diferentes qualidades chamadas virtudes, como a valentia, a prudência, a piedade e a justiça, são apenas partes de uma virtude, da virtude total. Essa virtude total é o Bem, e a essência dessa virtude é por si mesma um saber.”1
No diálogo Protágoras se faz indagações acerca da noção de virtude, e o mito de Prometeu é uma tentativa da personagem Protágoras de responder a tal questionamento de Sócrates. Em Protágoras, os deuses criam o homem do barro; Epimeteu e Prometeu os dão características próprias e distintas; Prometeu rouba o fogo de Hefesto, e as artes de Atena. Zeus ordena que Hermes dê aos homens a justiça e o pudor, virtudes que os ajudaram a se organizarem. No término do diálogo, a personagem Protágoras finaliza dizendo que a virtude é