Miséria

Ilha das Flores
O curta metragem gaúcho Ilha das Flores, dirigido por Jorge Furtado, e exibido em 1989, se mostra ainda atual, pois apresenta a dura realidade do povo que vive na miséria, no caso do vídeo no lixão Ilha das Flores.
A maneira como o curta é conduzida é bem diferente do que consumamos ver, ao invés de contar uma história de forma linear, o narrador inicia do princípio e vai relacionando o dia a dia das pessoas com elementos que levam até o lixão.
De maneira clara, ele começa a história pelo topo da “pirâmide financeira”. Primeiro os providos de dinheiro, que podem escolher os melhores alimentos, que podem colocar fora algo que está bom apenas porque julgam aparentemente feio. Seguindo pelos porcos de Ilha das Flores, que ficam com os tomates que estão bons, mas que não eram bonitos o bastante para a refeição da Dona Anete. Após isso, os alimentos que os porcos não comeram, são liberados para a população que mora aos arredores do lixão e passa fome.
As pessoas se dividem em grupo de dez seres humanos, para poderem entrar para o lado de dentro da cerca, onde encontram-se os restos de comidas que os porcos não comeram. Ali, elas precisam recolher a comida que puderem, no tempo de cinco minutos, para então outro grupo de dez pessoas poderem entrar e aproveitar outros cinco minutos.
O foco principal do vídeo é esse: os porcos comem, e o que é descartado é servido para a população miserável do lixão. Como se essas pessoas, que são seres humanos como todos nós, fossem menos importantes que os porcos. E a miséria é tamanha, que esses seres humanos não se importam em ficar com a comida descartada pelo porco. Pois eles passam fome, e qualquer comida é melhor do que nenhuma. Ou seja, o que é lixo para alguns, e não serve de alimento nem para os animais, acaba se tornando a única fonte de energia dos miseráveis.

Quanto Vale Ou É Por Quilo? O filme brasileiro, dirigido por Sérgio Bianchi, inicia com uma narrativa histórica em pleno Brasil