mineração
Coordenação de Apoio Tecnológico a Micro e Pequena Empresa - CATE
ROCHAS CARBONÁTICAS
José Ferreira de Sousa
Francisco Wilson Hollanda Vidal
Rio de Janeiro
Dezembro/2005
CT2005-173-00 – Contribuição Técnica elaborada para o Livro Rochas e
Minerais Industriais do Ceará, páginas 49-66.
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ROCHAS CARBONÁTICAS
JOSÉ FERREIRA DE SOUSA¹
FRANCISCO WILSON HOLLANDA VIDAL²
As rochas carbonáticas ocupam, numa visão global, um expressivo volume da crosta terrestre. De maneira geral, podese dizer que essas rochas estão presentes nas diversas unidades litoestratigráficas que compõem a história geológica da Terra, registrando episódios de sedimentação
(litogênese) química e bioquímica acontecidos desde os tempos mais antigos (Arqueano >
2.5 Ga) até os mais novos (Quaternário <
1.75 Ma). Sua representatividade nos espaços ocupados por rochas sedimentares e metamórficas (metassedimentares) aflorantes, chega a oscilar entre 10 a 15%. Tal fato geológico pode ser constatado em território brasileiro, onde acontecem extensas áreas marcadas por importantes reservas cubadas de rochas carbonáticas, especialmente metamorfizadas e de idades proterozóicas
(540 Ma a 2.5 Ga).
De tipologia estratiforme, os seus depósitos oscilam de extensas e espessas camadas até lentes de dimensões métricas a quilométricas, encaixadas em formações sedimentares e metamórficas, revestindo-se de um grande significado estratégico e econômico por serem importantes reservatórios de água e petróleo, além de hospedarem mineralizações de chumbo (Pb), de zinco
(Zn) e fosfatos uraníferos.
Apresentam como componentes mineralógicos essenciais a calcita e a dolomita, ocorrendo em diferentes proporções e promovendo a classificação de calcários
(carbonatos > 50%), onde há predomínio da calcita (CaCO3), e dolomitos, onde há pre1
domínio da dolomita [CaMg(CO3)2]. Também, associados e em nível acessório
(baixa a muito baixa