Mimetismo cultural

EXPANSÃO DO CAPITAL E MIMETISMO CULTURAL: UMA VISÃO HISTÓRICA DA REPRODUÇÃO DOS PADRÕES DE CONSUMO CENTRO-PERIFERIA Erika Herkenhoff, [e-mail]1 Lafaiete Santos Neves, [e-mail]2 Antoninho Caron, [e-mail]3 RESUMO

O mito do progresso que norteou a modernidade gerou, nos países subdesenvolvidos, um tipo de modernização marcado pelas inovações no consumo da elite local, sem o correspondente desenvolvimento na esfera produtiva ou na distribuição de renda. Pelo contrário, a iniciativa cepalina de desenvolvimento calcada na indústria substitutiva acabou por acentuar a concentração de riqueza, além de propiciar a adoção de padrões de consumo imitados de sociedades com níveis de riqueza muito superiores às encontradas nas economias periféricas. A frágil estrutura social, como resultado do subdesenvolvimento, se mostrou ambiente propício para o mimetismo cultural, um fenômeno que aliena da identidade e da realidade, mas que é a própria razão de ser da atividade econômica e do processo civilizatório. Não se constitui, portanto, em fato isolado, devendo ser analisado historicamente para sua melhor compreensão. Palavras-chave: mimetismo cultural, consumo, centro-periferia

ABSTRACT

The myth of the progress that orientated the modernity generated in the underdeveloped countries a modernization type marked by the innovations in the consumption of the local elite without the correspondent development in the productive sphere or in the distribution of income. On the contrary, the CEPAL initiative of development stepped on the substitutive industry ended for accentuating the wealth concentration, besides propitiating the adoption of consumption patterns taken from societies with superior wealth levels than to the ones found in the peripheral economies. The fragile social structure as a resulted of underdevelopment, favored an atmosphere for the cultural mimicry, a phenomenon that alienates of the identity and of the reality, but that