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Leitura e a produção de sentidos
Ao início, o autor já afirma que a leitura é sempre produção de sentido, não existindo, portanto, uma leitura ingênua e externa a qualquer tipo de referência.
Segundo Goulemot, ler é dar sentido de conjunto, no qual ocorre uma espécie de troca entre leitor e autor. Busca-se, assim, constituir o sentido e não encontrar o sentido desejado pelo autor. Ou seja, um texto literário pode ter vários sentidos e cabe ao leitor escolher qual deles lhe faz maior sentido.
A leitura permite, portanto, fazer emergir o que está escondido, conferindo uma singular liberdade ao leitor. Neste ponto, fica bastante claro o contraste que há em relação à prática de leitura existente em nosso sistema educacional, que além de precária e incipiente, reforça justamente o contrário disso, tolhendo a liberdade do aluno e de certa forma, afastando-o ainda mais da leitura.
Outro ponto importante do texto é referente à existência de diferentes tipos de leitores, que podem ser definidos sob três aspectos: história, fisiologia, e biblioteca.
A história orienta as nossas leituras. Pode ser coletiva, pessoal, contemporânea e mítica (da qual não fomos testemunhas, mas somos seus herdeiros).
Referente à fisiologia, o texto coloca de uma maneira bastante interessante que somos um corpo leitor, que possui diferentes atitudes perante a leitura. Como exemplo, uma atitude digna, respeitosa, relaxada, descompromissada, sonhadora, entre outras, que vão revelar fisicamente e ideologicamente o que se entende por ler.
Além disso, vale ressaltar que cada livro exige uma posição de leitura. Goulemot exemplifica isso demonstrando a diferença entre a leitura de um texto pornográfico (monossêmico, utilizado em um único sentido), uma enciclopédia (na qual o sentido se constitui a partir do fim, sendo impossível uma leitura seqüência) e um texto narrativo ou literário (polissêmico, pode ter vários sentidos).
O conceito de biblioteca, trabalhado pelo autor, demonstra que qualquer

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