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Temos uma identidade linguística?
O Brasil é um país interessante. Tanto por sua extensão, como também, por seu "glorioso" passado, temos, hoje, uma mescla de diferentes culturas que se reflete no estereótipo dos brasileiros. Com a língua não é diferente. A língua portuguesa, falada e escrita no Brasil, possui distintas raízes, que não advém somente do português europeu. Já, quando Pedro Alvares Cabral desembarcou em Porto Seguro, falantes nativos de diferentes línguas habitavam o país. Além disso, influências como a de idiomas africanos, e de outros povos que ajudaram a construir a história do país, aparecem como fatores relevantes na "história de língua brasileira". A língua é parte fundamental na cultura de um povo, é através dela que nos comunicamos, nos expressamos e nos constituímos como sujeito. Porém, o que ocorre na atual situação linguística do país é um veto, um corte, na simples tentativa de comunicação entre indivíduos que trazem em suas raízes distintas maneiras de interagirem linguisticamente.
A língua portuguesa "ensinada" nas escolas é vista pelos alunos, por que não dizer, como uma língua estrangeira. É diferente daquilo que ele costuma exercer a todo instante, daquilo que ele convive desde quando se conhece por gente. Na maioria das escolas brasileiras, o ensino da língua portuguesa, contemplado pelo incessante e descomprometido ensino de normas gramaticais, distancia-se da carga cultural linguística que o aluno traz consigo.
O sistema da língua portuguesa já é intrínseco ao inconsciente dos brasileiros, uma vez que estes já mantém um contato com o idioma desde muito pequenos. É a identidade linguística cultural dos brasileiros. Mas, quando chega a escola, a criança se depara com algo totalmente desvinculado à sua realidade, distante daquilo que conhece. Acredito que isso explique a aversão à língua portuguesa enquanto conteúdo escolar.
Por outro lado, esse tipo de incoerência, não só no sistema de ensino, mas em todo o sistema brasileiro,

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