MEU FILHO

Meu filho,

há três anos e alguns meses descobri que estava grávida ao fazer um teste de gravidez que vende na farmácia. Fiquei entusiasmada, feliz, lágrimas, muitas lágrimas de alegria. Após alguns dias fui ao obstetra que, para confirmar a gravidez, fez uma ultra. Não consigo explicar a emoção que senti ao ver você pela primeira vez na minha barriga. Fiquei preocupada já que você poderia estar se sentindo muito sozinho na minha ainda pequena pança. E o médico anotou esta minha preocupação em seu livro de frases cômicas de mamães de primeira viagem. Meses se passaram e a cada visita ao obstetra recebia a notícia de que você estava bem. E, desta forma, curti meu barrigão até a hora de você nascer. Apoiava tudo o que podia na barriga, sei lá, era como se fosse uma prateleira acoplada no meu corpo. E, no dia 03 de agosto de 2011, após uma consulta de rotina para fazer um exame e ver seus batimentos cardíacos, descobri que tinha perdido muito líquido e que você precisava nascer ainda neste dia. Meu pequeno homem que eu tanto amo, fiz um show, chorei, deixei todos nervosos, quis buscar pessoalmente a sua mala (mamãe já estava na maternidade já que o exame para ver seus batimentos foi no mesmo local que você iria nascer), fiquei no rol da maternidade mesmo sabendo que meu quarto já estava pronto até que a Sissa (Sílvia para os mais íntimos) deu uns gritos e ordenou que eu fosse imediatamente para o quarto. No quarto, mamãe não queria colocar o avental e ficar com a bunda de fora, mas, chegou uma hora que a mamãe tomou coragem, muitos esporros e enfrentou este constrangimento. Fui apresentada a nutricionista, anestesista, enfermeira, manicure... (é, tinha até manicure) e a mamãe perguntou a todos, milhares de vezes, se iria doer. Nunca tinha feito uma operação na vida! E chegou a hora de ir para a sala de cirurgia. O senhor que levou a mamãe na maca sofreu! Queria que ele dissesse que não iria sofrer nenhuma dorzinha e ele a toda hora falava que não era da área