Metodologia jurídica

* Noções antes consensuais como “verdade” e “ciência” foram descontruídas como discursos ligados a interesses sociais determináveis, trazendo a necessidade de esclarecer esses conceitos. * Atividade investigativa se materializa em função dos objetivos, que são definidos no terreno dos valores e princípios fundadores de cada ciência, expressos nos paradigmas. * Conhecimento, teoria e método: pressupostos de qualquer investigação exitosa. * Conhecimento é processo continuo, que tem início na relação entre ente cognoscente e objeto cognoscível e fim na sanção do trabalho pela comunidade cientifica. * O cientista parte de certos valores, sem os quais não há ciência. * Conhecimento: atividade que tende a apreensão de objetos e resulta num conjunto de teorias. * Ente cognoscente: ser dotado de subjetividade (inteligência), que deseje (intencionalidade) e seja capaz (linguagem) de projetar sua mente sobre objetos que são diferentes dele. Este é constituído pelo individuo e pela sociedade (que fornece ao individuo instrumentos necessários a atividade: valores, ideias, normas, o que dá sentido a realidade, noções transmitidas pela cultura). * Principio da intencionalidade: não basta o individuo ser dotado de inteligência, necessita querer pesquisar. * Filósofos divergem quando a possibilidade de existência dos objetos independente da nossa subjetividade: 1. Posição realista: As coisas existem independentemente do pensamento 2. Nominalista/conceitualista: Realidade é a ideia geral e abstrata que nós construímos em nossa mente. * A posição nominalista foi forte nos anos 70 e 80, pois buscava-se descontruir a ideia de “verdade” das vinculações entre interesse e discurso. A tradição realista segue sendo majoritária entre filósofos e cientistas. * Realidades socialmente constituídas: Fatos inconcebíveis sem linguagem e cultura, só existem em virtude das nossas crenças. * Realidades socialmente construídas: “Fatos brutos”,