Metodologia de pesquisa

A OCUPAÇÃO PERIFÉRICA, O TRANSPORTE INDIVIDUAL E A CRISE DA
SUSTENTABILIDADE URBANA
RIGHI, Roberto; Doutor; Universidade Presbiteriana Mackenzie; Universidade de São Paulo;
São Paulo; Brasil
BRUNA, Gilda Collet; Doutora; Universidade Presbiteriana Mackenzie; São Paulo; Brasil

RESUMO
O automóvel desempenha um papel excepcional no transportes das grandes cidades, gerando, quando mal empregado, a perda de recursos materiais e de energia, bem como a realização de obras dispendiosas e desnecessárias. Infelizmente, as mudanças técnicas pouco contribuem para diminuir esse impacto. Nos países ditos em desenvolvimento ainda há forte expansão das áreas periféricas, que ocorre de forma tardia, refazendo caminhos errôneos. A especulação imobiliária reproduz padrões locacionais já superados. As áreas rurais são transformadas em imensos loteamentos, gerando enormes problemas de congestionamento das estradas regionais, fragmentação familiar e enorme desperdício. A cidade tradicional sempre esteve relacionada à concentração, enquanto esse espraiamento periférico pouco se associa à urbanidade. Na realidade, a urbanização, em sua morfologia, se adapta ao automóvel, tanto na paisagem quanto em seus equipamentos e atributos, gerando o risco da dependência permanente. É importante avaliar e encontrar um equilíbrio entre a expansão periférica das cidades e a retomada da ocupação do tecido urbano tradicional. Hoje, felizmente há uma progressiva mudança de posicionamento teórico e prático, em que é possível verificar-se a formulação de ideias e mesmo medidas voltadas a mudança de uso do automóvel nas cidades, vista dentro de uma óptica mais ampla e sustentável, orientada por planos diretores e políticas públicas adequadas.
Palavras-chave: ocupação periférica; transporte individual; sustentabilidade urbana.

1. INTRODUCAO

O transporte sempre desempenhou um papel fundamental no processo civilizatório e de urbanização. As relações comerciais que permitiram o