metamorfose

METAMORFOSE – PROGRESSIVA / ALTERIZAÇÃO, REGRESSIVA

Para começarmos a falar de metamorfose se faz necessário antes, falar de identidade, e para tanto entender que ela se dá nas relações humanas, que é através do processo da socialização primária e secundária que o indivíduo vai se apropriando da sua identidade. No inicio o indivíduo apenas repõe o que lhe é atribuído (identidade posta, identidade reposta). Ciampa chama de identidade mito, o mundo da mesmice, o que está cristalizado, é um movimento em torno de si, ele apenas reproduz as funções historicamente institucionalizadas, e é onde se encontra a dificuldade mas não a impossibilidade de ser-para-si.
Segundo Heller, no seu texto Estrutura da Vida Cotidiana, é como o indivíduo reproduz a ordem social, tudo funciona na ordem, como deve ser.
O que assimila a cotidianidade de sua época assimila também, com isso, o passado da humanidade, embora tal assimilação possa não ser consciente, mas apenas “em-si”. ( HELLER, P.20)
(...) o homem devorado por e em seus “papeis” pode orientar-se na cotidianidade através do simples cumprimento adequado desses “papeis”. A assimilação espontânea das normas consuetudinárias dominantes pode converter-se por si mesma em conformismo, na medida em que aquele que as assimila é um indivíduo sem núcleo, e a particularidade que aspira de uma “vida boa” sem conflitos reforça ainda mais esse conformismo com sua fé. (HELLER, P.38) Para Ciampa temos vários papeis sociais, os quais ele chama de personagens e somos múltiplas personagens, mas além dos papeis sociais temos desejos pessoais, projetos de vida, o que faz da nossa identidade uma articulação dessas várias personagens e os desejos, esses papeis sociais (personagens) se manifestam conforme as condições e possibilidades. Entre essas personagens pode existir uma que seja dominante, que é com a qual o indivíduo quer ser reconhecido.
(...) identidade nos aparece como articulação da várias personagens, articulação de igualdades e