Metafisica

1774 palavras 8 páginas
A teoria dos quatro causas e o principio da causalidade Imagine que atiro uma pedra num lago, provocando uma série de pequenas ondas concêntricas. Os filósofos dirão que esta ação envolve um processo causal: o ato de jogar a pedra é a causa e as ondas concêntricas o efeito. Também dirão que, a princípio, parece que nunca observamos o inverso desse processo, em que surgiriam primeiro as ondas e só depois a pedra cairia no lago. Isto parece sugerir que os processos causais têm a mesma direção do tempo: vão do passado para o futuro e as causas antecedem os efeitos.
O filósofo Túlio Aguiar defende que sim, que há uma direção da causalidade, estando erradas as teorias que desconsideram essa direção. O autor também nos apresenta um mapeamento das principais teorias contemporâneas sobre a causalidade e assume a defesa de uma delas: a abordagem situacional.
Aguiar examina a teoria da explicação científica proposta por Hempel, mais especificamente a parte de sua teoria que trata das leis determinísticas: o chamado modelo nomológico-dedutivo. A razão para examinar essa teoria é simples: é amplamente reconhecido na filosofia da ciência que os conceitos de causalidade e explicação estão ligados de algum modo. Assim, um dos meios de avaliar a plausibilidade de uma teoria que explica a causalidade em termos de regularidades é examinar a teoria da explicação também baseada em regularidades por ela gerada, como é o caso da teoria de Hempel. Para demonstrar essa herança regularista na teoria de Hempel o autor recorre às interpretações de Israel Scheffler, Philip Gasper e Richard Boyd.
Feita a apresentação da teoria de Hempel, Aguiar indica os contra-exemplos apresentados por Salmon, Scriven e Sylvain Bromberger, além de fazer uma breve discussão sobre a função dos contra-exemplos na avaliação das teorias filosóficas. Os contra-exemplos que tratam dos aspectos direcionais da causalidade negligenciados pelo modelo de Hempel, como os contra-exemplos do mastro e do pêndulo,

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