Mestre

484 palavras 2 páginas
Josiane de Paula Nunes
Mestranda em História
Universidade Federal de São João del-Rei

Resumo:

A imprensa como fonte: renovação historiográfica e “modernização” nos anos de 1960 no Brasil.

Nas últimas décadas os periódicos, antes considerados como fonte suspeita e de pouca importância, foram reconhecidos como valioso material de pesquisa para o estudo de determinadas épocas. 1 A partir dos anos de 1970 uma renovação historiográfica a nível internacional (na qual a França teve papel decisivo), com ênfase nas abordagens políticas e culturais, redimensionou a importância da imprensa como fonte historiográfica.
No Brasil os anos de 1960 marcaram o emprego de novas técnicas no jornalismo no Brasil. Pautado nos referenciais norte-americanos, como objetividade e neutralidade, além de transformações estruturais, como modificação na diagramação e layout dos jornais, tal processo, que vinha se desenrolando desde os anos de 1920 no Brasil, assumiu uma lógica própria, imprimida pelos próprios atores envolvidos no processo.
A “modernização” da imprensa brasileira não ficou sujeita aos referenciais que orientavam o modelo norte-americano. Ainda que o jornal tivesse se tornado mais informativo e menos opinativo, sendo o caráter opinativo a marca do jornalismo do século XIX - militante, panfletário e instrumento de luta política - a imprensa brasileira adotou as técnicas modernas, mas não abdicou de utilizá-las como armas na luta política. 2
A relevância de alguns dos periódicos inseridos nos debates contemporâneos foi destacada por Marialva Barbosa: “A imprensa nacional sempre esteve vinculada ao campo do político. Assim foi com o suicídio de Vargas, em 1954, e com o golpe militar de 1964”. 3 Mesmo nos debates culturais, as artes se voltaram para questionar as medidas políticas. A censura aos meios de comunicação implicou modificações na realização e divulgação das matérias, mas não as eximiu, ainda que com alguma reserva e poucas críticas, de um caráter

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