Mercantilismo

1092 palavras 5 páginas
O desafio mercantilista atual
A história da economia é, em larga medida, uma briga entre duas escolas opostas de pensamento, o "liberalismo" e o "mercantilismo". O liberalismo econômico, com sua ênfase na iniciativa privada e no livre mercado, é hoje a doutrina dominante. Mas a sua vitória intelectual nos cegou para o grande apelo - e frequente sucesso - de práticas mercantilistas. Na verdade, o mercantilismo continua vivo e bem, e seu contínuo conflito com o liberalismo provavelmente será a força que influenciará o futuro da economia mundial.
Atualmente, o mercantilismo é normalmente desconsiderado, taxado de conjunto arcaico e errôneo de ideias sobre política econômica. Em seu auge, os mercantilistas defendiam algumas noções muito estranhas - a principal delas: a visão segundo a qual a política nacional deveria ser norteada pelo acúmulo de metais preciosos - ouro e prata.
"A Riqueza das Nações", o tratado de Adam Smith de 1776, demoliu magistralmente muitas dessas ideias. Em especial, Smith mostrou que dinheiro não deve ser confundido com riqueza. Em suas palavras, "a riqueza de um país consiste não apenas em seu ouro e sua prata, mas em suas terras, casas e bens de consumo de todo tipo".
Mas é mais preciso pensar o mercantilismo como uma forma diferente de organizar a relação entre o Estado e a economia - uma visão não menos importante hoje do que no século XVIII. Teóricos mercantilistas como Thomas Mun eram, na realidade, grandes defensores do capitalismo, apenas propunham um modelo diferente do liberalismo.
O modelo liberal vê o Estado como necessariamente predatório e o setor privado como focado apenas em maximização de lucros, sem quaisquer preocupações de caráter social. Por isso, o modelo liberal defende uma separação rigorosa entre o Estado e o setor privado. O mercantilismo, por outro lado, oferece uma visão corporativista segundo a qual o Estado e asempresas privadas são aliadas e cooperam na busca de objetivos comuns, como o crescimento econômico

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