Mercado de trabalho

Efeitos da robotização
Recentemente, tem-se apontado o desenvolvimento tecnológico como o principal fator limitante na geração de emprego. Todavia, não há nada de novo nessa interpretação visto que tanto a economia neoclássica do século dezenove (Heilbroner, 1996), quanto a teoria critica (Marx, 1996)] já relacionaram as categorias tecnologia e desemprego como questões de análise. Portanto, o contexto atual seria um retorno à situação anteriormente registrada no sistema capitalista.Desde uma perspectiva teórica, pode-se indiciar a tecnologia como causa direta dos elevados índices de desemprego nas sociedades contemporâneas.
A globalização é responsável por diversas modificações no mundo, influenciando na política, nas relações sociais, no desenvolvimento tecnológico, nas formas de trabalho, etc. Um desses fatores fortemente alterados pelo processo de globalização é a intensa robotização na produção industrial.

As indústrias estão, cada vez mais, introduzindo robôs no processo produtivo. Essas máquinas são programadas para executar movimentos rápidos, padronizados e eficazes, aumentando, assim, a produção final. Porém, as consequências são drásticas para os trabalhadores, pois esse fenômeno agrava o desemprego.
Conforme dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 85 mil robôs são introduzidos anualmente nas indústrias em todo o mundo. Estima-se que existam mais de 800 mil robôs exercendo o trabalho que poderia empregar aproximadamente dois milhões de pessoas. Esse processo é motivado por diversos fatores, sendo um deles a maximização da produção: a utilização de robôs pode quadruplicar a produção em determinados segmentos industriais.
Para os detentores dos meios de produção, a utilização de máquinas é mais vantajosa, visto que, além da produção ocorrer de forma mais rápida, a folha salarial é reduzida e, consequentemente, a lucratividade é maior.
Os robôs, apesar de passarem por manutenções, são mais benéficos para as