Mercado de Capitais

Introdução

Para os homens da nossa geração, que formaram sua experiência e mentalidade no clima de atividade econômica fabril iniciado durante a Segunda Guerra Mundial e que se prolonga até os nossos dias, uma palavra mágica sintetiza e soluciona todos os problemas da economia moderna: investimentos. Para aumentar a produção e elevar o padrão de vida das populações, para garantir a prosperidade e o pleno emprego e manter a paz social, necessitam-se investimentos. Investimentos em estradas, em centrais elétricas, em redes de armazéns e silos, em planos sanitários, em programas educacionais. Os países sul-africanos e latino-americanos para se desenvolverem necessitam de investimentos. A paz social e política mundial dependem dos investimentos que as nações financeiramente poderosas se disponham a realizar para permitir a execução dos planos de desenvolvimento das nações economicamente subdesenvolvidas.
Sendo assim, para que uma sociedade possa atingir um melhor padrão de bem-estar, é necessário que, além de outras condições, ocorra diminuição da taxa de desemprego, aumento da renda, que implica também aumento de consumo e de arrecadação tributária. Enfim, o objetivo de melhoria de bem-estar de uma sociedade tem como condição necessária, ainda que não suficiente, a obtenção de elevadas e permanentes taxas de crescimento, que podem ser traduzidas pelo aumento da capacidade produtiva.

O mercado de capitais e o crescimento econômico do Brasil

Pode-se conceituar mercado de capitais como um sistema de valores mobiliários que tem como objetivo proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e tornar possível o processo de capitalização. É formado pelas bolsas, corretoras e outras instituições financeiras autorizadas. Os principais títulos negociados são os representativos do capital de empresas (ações) ou empréstimos de tomadores (debentures conversíveis em ações, bônus de subscrição e commercial papers) que permitam circulações de capital