Mente e Corpo
FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO SOCIAL
HABILITAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS
Marcelo de Freitas Pacheco
Trabalho Descartes
Porto Alegre
2014
Eu posso ter dúvida de tudo, menos de que sou eu quem está tendo as dúvidas.
Não tenho a pretensão de interpretar Descartes de forma aprofundada, apenas uma breve interpretação do texto lido. O trabalho de Descartes busca apresentar o argumento da distinção real entre corpo e mente, visando a esclarecer sua relação com a separabilidade; basta que possamos conceber mente sem corpo e corpo sem mente para estar certo de que uma é diferente da outra. Se Deus é capaz de produzir tudo o que é verdadeiro, e se podemos conceber alma(A) sem corpo(B) e corpo(B) sem alma(A), então Deus é capaz de produzir A e B assim como a concebemos, assim, podem existir separadamente. Porque a separabilidade entre A e B, por exemplo, é condição suficiente para a distinção real entre elas?
Descartes tentou mostrar em Meditações que o eixo central para fundamentação da ciência deve ser a razão, e não os sentidos pois, “é de prudência nunca confiar inteiramente em quem já nos enganou alguma vez”(pouco sensível e distante), apesar de que alguns sentidos não podem ser negados, como o fato de estar sentado perto ao fogo e sentir calor(muito sensível e próximo). Apesar, como afirma Descartes em determinado momento, que o sentir e a imaginação podem ser frutos de um pensar, aí abstraindo outra vez a noção de corpo. Descartes afirma que nós, humanos, somos dotados de noções primitivas e que a partir delas formamos todos os nossos conhecimentos. Noções primitivas não pressupõe nenhum outro conceito, são tratadas de forma originária. Podem ser divididas entre geral e particular; para Descartes a noção primitiva geral advém de tudo que pode ser percebido, como a noção de Ser, de Número e de Duração. Particular seria a união do Corpo e