MENORES INFRATORES

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É crescente a preocupação com o aumento da criminalidade cometida por menores, desde tráfico de drogas até estupro e assassinatos.
Embora sejam apenas crianças e adolescentes cometendo crimes, é fato que os resultados sofridos pela sociedade são os mesmos, independente da idade do autor.
Em muitos países, o menor criminoso é julgado como adulto e punido de acordo com o seu crime.
No Brasil, por conta da legislação que protege a criança e o adolescente, chegamos a um ponto em que a sociedade não tem como se proteger dos criminosos menores de idade.
Não pretendo aqui fazer críticas ao Estatuto da Criança e Adolescente, que é, sem dúvida, uma lei belíssima.
O problema não está na lei: mas na sua execução. O ECA tem um objetivo louvável: proteger aqueles que ainda estão em fase de formação. Mas, não podemos nos esquecer que a nossa realidade social é bem diferente daquela idealizada pelo legislador.
O caminho para a marginalidade não é uma escolha dos nossos jovens, e sim o resultado de um conjunto de problemas que estão diretamente ligados com as condições de vida de suas famílias.
Esses milhares de crianças e adolescentes têm sempre algum tipo de problema na família, isso quando têm família.
Os crimes são produto de uma rebeldia que acontece por conta do sentimento de desprezo, de decepção, da falta de um adulto que mostre o “certo” e o “errado”.
Os jovens sentem a falta dos “pais” no verdadeiro sentido da palavra. Pais não são somente aqueles que geram, ou aqueles que “criam”, mas aqueles que “educam”, que mostram os valores humanos.
Mas, a esses pais não sobra tempo para os filhos, porque precisam sobreviver, precisam trabalhar para dar o que comer à família.
O que é mais triste e preocupante na sociedade brasileira, é que quanto menor a condição financeira da família, maior é o número de filhos. Isso é pura falta de consciência, de educação. E essa responsabilidade de educar e de conscientizar é nossa enquanto poder público.
As crianças se

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