Memórias do Cárcere

444 palavras 2 páginas
O livro é uma história verídica, os fatos narrados foram vividos pelo próprio autor, que foi preso sob a acusação deter ligação com o partido Comunista, durante a ditadura de Getúlio Vargas, mais precisamente no período da revolta do 3º regimento e a Revolução em Natal.
Primeira parte: A viagem
Esse livro foiescrito foi escrito dez anos depois do ocorrido, no primeiro capitulo Graciliano explica os motivos de ter hesitado tantos anos.
A narrativa de Graciliano Ramos, pela exposição de motivos contida no capítulo de abertura da obra, dá ao texto uma autenticidade autobiográfica, sobretudo se a ela somarmos a “explicação final” de Ricardo Ramos, na qual ficam esclarecidas as dificuldades que impediram o autor de dar definitivamente o texto por concluído. Essa narrativa, característica do relato autobiográfico, oferece a típica junção autor-narrador-personagem, sendo possível percebê-la como resultado da experiência vivida, o que aproxima Graciliano Ramos da noção de narrador clássico.

A autoridade do narrador clássico é referendada pela perspectiva da morte, conforme se percebe já no início do texto: “... estou a descer para a cova...”. A morte, para o filósofo alemão, confere autoridade, pois é nesse momento que o saber humano assume uma força maior, tornando imperativa a sua transmissão. O narrador clássico sabe dar conselhos. Narra porque tem experiência de vida, e é essa experiência que lhe dá sabedoria. A obra do escritor alagoano, ao fazer uso da forma autobiográfica, ao falar de si mesmo, intencionalmente mistura a sua voz a outras, até então silenciadas, contrariando assim a perspectiva natural desse tipo de relato. emórias do Cárcere é o testemunho da realidade nua e crua de quem, sem saber por quê, viveu em porões imundos, sofreu com torturas e privações provocadas por um regime ditatorial chamado de Estado Novo.

Na obra Graciliano Ramos não diz diretamente que se sente injustiçado, embora o tenha sido e isso se explicita no próprio texto. Não

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