Memorial

Vivências relacionadas à Cultura Corporal do Movimento nos ambientes não-escolares

Desde que nasci em 1990, sempre morei em casa com meus pais e meu irmão. Na rua onde morava, havia muitas crianças, todos nesta mesma faixa idade, entre 06 a 12 anos. Lembro que naquela época ainda se podia brincar na rua, pois não havia tanta violência como hoje em dia, e também não existia tanta tecnologia como vídeo games e internet. Percebo que os hábitos saudáveis de correr, brincar, próprios das crianças, vêm sendo substituídos por estas novas tecnologias, o que contribui para torná-las sedentárias e até obesas.
“Nas últimas décadas, as crianças tornaram-se menos ativas, incentivadas pelos avanços tecnológicos. Uma relação positiva entre a inatividade, como o tempo gasto assistindo televisão, e o aumento da adiposidade em escolares vem sendo observada. A atividade física, por outro lado, diminui o risco de obesidade, atuando na regulação do balanço energético e preservando ou mantendo a massa magra em detrimento da massa de gordura.” (GIUGLIANO,Rodolfo,CARNEIRO,Elisabeth C. Fatores associados a obesidade em escolares,2004,pg 18)
Brincava muito de pega-pega, esconde-esconde, bambolê, rouba bandeira, alerta, amarelinha e pular corda; brincadeiras tradicionais, segundo Fernando Augusto Ramos Pontes (2003, p.117): “O elo entre cultura e criança é claramente percebido nos jogos e brincadeiras tradicionais e populares, especialmente aquelas desenvolvidas em rua”.
Sempre fui uma criança que gostava muito de brincar e fazer amigos. Não parava quieta em casa e meus pais nunca me proibiram de brincar na rua. Ao contrário, achavam algo muito saudável e hoje concordo com eles, pois aprendi como me relacionar com as pessoas, ser mais compreensível e respeitar meus colegas.
Quando eu tinha seis anos, estava brincando de esconde-esconde com meus primos e caí de um muro. Na queda fraturei o braço direito, permanecendo três meses com gesso. Lembro que mesmo com o bracinho engessado,