Meios
Desde cedo, os produtores de rádio têm interesse em perceber como reage o receptor perante a transmissão de programas no ar. Numa fase muito primitiva, os operadores das estações solicitavam cartas aos ouvintes, registando dados importantes sobre os mesmos.
No entanto, a comercialização generalizada da rádio, com a aprovação da Lei da Rádio, no final dos anos 20, impulsionou a emergência de um interesse crescente por parte de anunciantes e programadores de rádio em investir em sistemas de avaliações de audiências. O público cresceu rapidamente graças ao surgimento de um sistema fiável que fornecia estimativas de audiência – o telefone.
Os anunciantes, tendo por base os seus interesses neste meio, ajudaram a criar a primeira empresa de avaliações regular. Embora o telefone fosse um instrumento pouco convencional para a realização de pesquisas de opinião, pareceu adequado para medir algo tão distante e em rápida mutação como a audiência de rádio.
No entanto, havia algumas lacunas com este método, nomeadamente no que toca à medição de ouvintes que não tivessem telefone, ou o facto dos indivíduos terem que se lembrar exactamente daquilo que ouviram da programação.
De modo a contornar os inconvenientes do telefone, as transmissoras começaram a apostar nas entrevistas pessoais. No final dos anos 30, esta técnica era tida como a mais eficaz no que toca à recolha de dados sócio-psicológicos comportamentais dos ouvintes. Este método abrangia mais indivíduos, na medida em que incluía ouvintes fora de casa, como os ouvintes de rádio no carro ou no trabalho, e media as audiências durante um período mais alargado de tempo não coberto pelo