medicina e política

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No Brasil, a proclamação da República e o fim da escravidão foram fatos de extrema importância na escolha de temas raciais entre os intelectuais que trabalhavam a construção nacional. Viam-se diante da busca de formas para estruturação do Estado e de construção dos aparatos necessários para seu funcionamento. Pensava-se a economia, a política e a sociedade articuladas em torno de projetos nacionais.
As discussões sobre o futuro da nação tiveram como ponto importante a questão das raças, em que os principais temas em questão estavam relacionados com a “indolência” dos mestiços, com a “inferioridade” racial do negro e a “degenerescência” do mulato. Esses temas tornaram-se argumentos constantes no final do século XIX, para tentar explicar o entrave que se constituía para o tão sonhado “progresso” da nação.

Em 1889, dois grupos discutiam as formas e os caminhos para consolidação do Estado nacional brasileiro. De um lado uma oligarquia cafeicultora, setor economicamente dominante, que progressivamente melhorava suas fazendas com o incremento de novas técnicas agrícolas e que, com o fim da escravidão, buscava alternativas para a mão-de-obra agrícola. Do outro, uma burguesia urbana, ávida por “progresso” e “modernização”, vinculada ao fortalecimento do Estado; enquadram-se neste, os liberais e os intelectuais da época.

Os primeiros mantiveram sua postura oligárquica, unindo com mais força a questão política e econômica, deixando em muitos casos a questão racial para ser pensada pelos “homens de ciência” da época. Em finais do século XIX, no contexto nacional brasileiro esses homens de ciência realizavam discussões acerca da questão racial, principalmente as propostas de imigração branca européia, o direcionamento da saúde pública para o controle das ditas doenças tropicais, a higienização da sociedade e a eugenia para o branqueamento da nação.

A compressão da realidade nacional, de sua história, traçadas pela elite intelectual após a proclamação da República,

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