Max Weber. "Dominação patriarcal e dominação patrimonial" RESUMO

WEBER, Max. 1999. “Dominação patriarcal e dominação patrimonial”. IN Economia e Sociedade, Brasília, UnB. Páginas 233-256. De acordo com Weber, a estrutura patriarcal da dominação é o mais importante dos princípios estruturais pré-burocráticos. Esta se baseia em relações pessoais e “seu germe se encontra na autoridade do chefe da comunidade doméstica”. Tanto a estrutura patriarcal como a dominação burocrática encontram seu apoio interior na obediência a normas por parte dos submetidos ao poder, entretanto tais normas na primeira estrutura fundamentam-se na tradição, e já na segunda são racionalmente criadas, baseando-se em instrução técnica (pág. 234). Além da dominação patriarcal, a dominação dos portadores de honra – honoratiores – também é baseada na tradição, o que a distingue da primeira é a ausência de relações de piedade específicas (filial ou de criado), (pág. 236).
Weber chama de dominação patrimonial, o caso especial da estrutura de dominação patriarcal em que “o poder doméstico descentralizado mediante a cessão de terras e eventualmente de utensílios a filhos ou outros dependentes da comunidade doméstica” (pág 238).
Para o autor, o senhor patrimonial político está unido com os dominados numa comunidade consensual, a qual existe também independentemente de um poder militar patrimonial autônomo e se baseia na convicção de que o poder senhorial tradicionalmente exercido seja o direito legítimo do senhor (pág. 246).
Por fim, o funcionalismo patrimonial, “com a progressiva divisão das funções e racionalização, sobretudo com o aumento das tarefas escritas e o estabelecimento de uma hierarquia ordenada de instâncias, pode assumir traços burocráticos”. Ao cargo patrimonial falta a distinção entre as esferas privada e oficial (pág. 253).