matematica no esnio superior

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A pesquisa qualitativa tem ganho vulto na Educação Matemática. Em
Programas de Pós-Graduação em Educação Matemática, como o da UNESP de Rio
Claro, praticamente só esta modalidade de pesquisa é desenvolvida, tanto por docentes como discentes. As sínteses feitas em diversas linhas de pesquisa dentro de Educação
Matemática – Formação de Professores (FIORENTINI et al., 2002), Etnomatemática
(KNIJNIK, 2002), História da Matemática (MIGUEL & MIORIM, 2002), Psicologia da
Educação Matemática (FALCÃO, 2002) e Tecnologias da Inteligência (BORBA &
PENTEADO, 2002) e Educação Matemática no Ensino Superior (PINTO, 2002) – também apontam nesta direção. Entretanto, tal aparente consenso esconde uma imensa diversidade de formas de fazer pesquisa e de questões sobre o fazer pesquisa que estão em permanente modificação. Neste texto vamos apresentar algumas das modalidades de pesquisa qualitativa que têm sido desenvolvidas na região de inquérito Educação
Matemática. Inicialmente, entretanto, será discutido o que entendo por pesquisa qualitativa, uma apresentação que se desdobrará também nas seções subsequentes. Um Conceito Amplo de Pesquisa Qualitativa Garnica (2004) caracteriza pesquisa qualitativa como aquela que tem as características abaixo:
(a)a transitoriedade de seus resultados; (b) a impossibilidade de uma hipótese a priori, cujo objetivo da pesquisa será comprovar ou refutar; (c) a não neutralidade do pesquisador que, no processo interpretativo, vale-se de suas perspectivas e filtros vivenciais prévios dos quais não consegue se desvencilhar; (d) que a constituição de suas compreensões dá-se não como resultado, mas numa trajetória em que essas mesmas compreensões e também os meios de obtê-las podem ser (re)configuradas; e (e) a impossibilidade de estabelecer regulamentações, em procedimentos sistemáticos, prévios, estáticos e generalistas (p. 86). 2 Cabe ressalvar que as características acima não devem ser vistas

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