Matarzzo

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A história da família Matarazzo

Quando o conde italiano Francesco Matarazzo, então com 27 anos, desembarcou no Brasil em dezembro de 1881, uma maré de azar parecia acompanhá-lo. Logo no desembarque, ele viu naufragar as duas toneladas de banha de porco que havia trazido para iniciar uma atividade comercial no país.

Na tentativa de conseguir sobreviver em solo estrangeiro, o imigrante optou por montar um armazém de secos e molhados em Sorocaba, no interior de São Paulo. Dois anos mais tarde, ele começou a traçar sua trajetória de sucesso que marcou o sobrenome Matara­zzo na história do Brasil. Em 1883, criou na própria residência sua primeira fábrica – uma prensa de madeira e um tacho de metal –, usados para a produção de banha de porco. Naquela época, o café era o produto mais importante da economia nacional, mas o conde optou por investir em outros produtos essenciais à mesa do brasileiro. O primeiro salto na carreira dele foi exatamente a ideia de vender banha de porco em lata. Naquela época, boa parte do produto era importada dos Estados Unidos e vinha em barricas de madeira, que muitas vezes deixavam o conteúdo estragar. A aposta deu certo.

Essa foi a primeira das mais de 200 fábricas que compunham as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, que chegaram a empregar mais de 30 mil pessoas. Os ramos da empresa também foram se diversificando. No fim da primeira década do século passado, ele já havia se consolidado como um dos empresários mais importantes nos ramos de alimentos, tecidos e óleos.
O empresário deixou um legado que transcende a história econômica do país. Seus investimentos foram fundamentais para a vida de milhares de famílias e o desenvolvimento de diferentes regiões. No Paraná, o conde italiano estendeu seus tentáculos até as cidades de Antonina, no litoral, e Jaguariaíva, no Norte do estado. Ainda hoje, as ruínas do império Matarazzo fazem parte da arquitetura, cultura e recordação da população.
Para preservar a memória viva que

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