Massacre do caradiru

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Larissa Robadel 18 3ano D

Massacre do Carandiru

"Se minha intenção fosse matar, teriam morrido muito mais de 111." As palavras são do coronel Ubiratan Guimarães, que comandou o massacre da Polícia Militar no Presídio do Carandiru, em São Paulo, em outubro de 1992. Ubiratan foi considerado culpado pela morte de 102 pessoas e por tentativa de homicídio contra outras cinco. A pena: 632 anos de prisão em regime fechado. O coronel foi condenado a seis anos de prisão por cada morte. Foram 4 votos a favor da condenação e 3 contra.

Durante o julgamento, que começou no dia 20 de junho de 2001, o coronel disse que o objetivo era acabar com a rebelião. Depois de ser questionado duas vezes, ele confirmou ter permitido a entrada de metralhadoras no Pavilhão 9 da Casa de Detenção pelas mãos dos policiais militares. Ressaltou, no entanto, que as metralhadoras fazem parte do armamento da tropa.

Laudos de 23 médicos legistas que examinaram os corpos das vítimas mostram o disparo de 515 projéteis (Folha de S.Paulo, 21/6/2001).

Em depoimento durante o julgamento, o ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho disse que Ubiratan agiu corretamente. "O coronel Ubiratan Guimarães recebeu uma ordem legítima e agiu corretamente. Se tivesse no meu gabinete na época, teria autorizado e autorizaria hoje, mesmo sabendo das consequências." (O Estado de S.Paulo, 22/6/2001)

Ubiratan Guimarães pôde recorrer da sentença em liberdade, já que é réu primário, compareceu a todas as etapas do processo e tem endereço fixo. Seu advogado, Vicente Cascione, entrou com recurso na madrugada de 30 de junho deste ano. Esta foi a maior condenação da história da Justiça brasileira. Mesmo se confirmada a sentença, o coronel só cumprirá 30 anos de prisão, pena máxima no Brasil. O Tribunal de Justiça não decidiu se irão a júri os outros 105 policiais acusados no massacre do Carandiru.

A maior chacina da história das penitenciárias brasileiras
Na manhã do dia 2 de outubro de

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