Marx O capital

1- Marx pretende fundamentar a sua tese, de que o capitalismo ao contrário do que pensam os economistas clássicos não é um estado natural, ou seja, a realização de uma desnaturalização do capitalismo (Dinheiro, Mercadoria e Meios de produção são diferentes de capital. Opõe-se a ideia de capital como coisa).
O primeiro aspecto no qual essa discussão pode ser realizada é sobre produto do trabalho. O produto do trabalho é conceitualmente uma forma sobre a qual se formaliza o resultado final do processo produtivo em qualquer sociedade em que os indivíduos trabalhem. Já o conceito de mercadoria é a maneira específica que assume o produto trabalho, sob determinadas relações de produção. Quando a economia se organiza de forma mercantil, ou seja, há apropriação privada do produto do trabalho e divisão do trabalho, o produto do trabalho assume a forma de mercadoria. A mercadoria é a forma elementar da riqueza nas sociedades mercantis e somente nessas, sendo uma especificidade de um período histórico.
Em sua analise sobre trabalho, Marx realiza uma divisão do trabalho em duas facetas: a do trabalho concreto e do trabalho abstrato. O primeiro pode ser definido como qualquer atividade geradora de um valor de uso, ou seja, de um objeto que satisfaça uma utilidade, “seja ela do estomago ou da fantasia”. Ao passo que o trabalho abstrato corresponde ao trabalho gerador de valor, sendo chamado abstrato por possuir suas características abstraídas, independente da atividade realizada ele consiste na geração de valor.
A caracterização de valor também é bifacetada em valor de uso, gerado pelo trabalho concreto, é característico de qualquer sociedade em que indivíduos produzam coisas. Enquanto isso, o valor representa o “algo em comum” que os valores de troca exprimem, ou seja trabalho humano abstrato, que é medido pelo tempo trabalho socialmente necessário para produzir um valor de uso qualquer nas condições de produção. As mercadorias apresentam valor e valor de uso, já que são