Marx - Capital Fictício

687 palavras 3 páginas
Fichamento sobre o Capital Fictício (Marx)

Interessante ressaltar que com o desenvolvimento do capitalismo, surge o negócio do próprio dinheiro. Negócio o qual é gerido pelos bancários, que administram o capital portador de juros.
Enquanto o capital produtivo é imerso na esfera produtiva, o capital à juros é imerso na esfera da circulação. No último caso, o “vendedor” de capital empresta esse dinheiro esperando um retorno em cima da produção alheia; cobra uma taxa de juro independente dos lucros obtidos pela produção.
Desenvolvimento e sofisticação do negócio do dinheiro, faz surgir o sistema bancário e a forma de capital bancário, que é composto por dinheiro em espécie, títulos de valor ou letras de cambio (empréstimos diretos aos produtores).
Títulos de valor são formas de “empréstimo” e financiamento que as pessoas podem realizar, sem comprometer tanto seu capital quanto os empréstimos bancários. Pois devido a natureza dos títulos, seu proprietário pode vende-lo a qualquer momento.
No caso do título da dívida pública, Marx dá um exemplo para ilustrar como funciona a dinâmica desse capital. No final do exemplo, ele começa a esboçar a ideia de capital fictício. Pois o título é um direito sobre os rendimentos futuros do Estado, já que o capital emprestado pelo credor já foi consumido, e por isso mesmo não existe mais. Ou seja, “permanece um capital ilusório, fictício”, mesmo que para esse credor seja possível vender seu título e recuperar seu dinheiro investido. “Dívidas podem aparecem como mercadorias”.
Marx dá o exemplo do salário para ilustrar que até mesmo a força de trabalho geradora de riqueza se apresenta como capital portador de juros. No exemplo, salário é o juro cobrado pela força de trabalho despendido.
Esses dois exemplos dados por Marx são para ilustrar que o real processo de valorização do capital (pela exploração do trabalho) é dissimulado pela financeirização da economia, que induz a acreditarmos que o capital se valoriza por si

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