Martins, Carlos Benedito. O que é Sociologia, Brasíliense
A Revolução Industrial/capitalismo pode ser considerada como o estopim da Sociologia, apesar de oprimida por alguns que não a viam como ferramenta de progresso. Entre 1780 e 1860, houve uma grande mudança nos moldes de sociedade na Inglaterra, por meio de diversos fatores como o êxodo rural, a mudança da forma de produção, manufatura para fabril. As mudanças acarretaram impactos sociais gravíssimos, como o aumento considerável dos níveis de criminalidade e prostituição, além do decréscimo da qualidade de vida, visto que o trabalho era quase desumano.
Inconformados com a qualidade de vida que levavam, a classe operária passa a organizar movimentos que visavam de certa forma, punir os donos das indústrias, por meio da destruição de máquinas, furtos. No transcorrer do tempo a classe operária passa a se organizar e cria um meio para reivindicar seus direitos usando um meio não tão agressivo, surgindo assim alguns sindicatos dos trabalhadores.
A Revolução Industrial também foi marcada pela diferença entre os gêneros, masculino e feminino, que mesmo exercendo as mesmas tarefas, as mulheres recebiam bem menos que os homens. Fator este que foi questionado pela Revolução Francesa, contudo ainda existem vestígios até hoje.
Os percursores da Sociologia não viviam dos estudos desses efeitos, mas sim realmente vivenciavam e utilizavam tais estudos para provocar uma mudança, pelo menos tinham a intenção, talvez daí surja à ideia de que a Sociologia foi criada para designar a sociedade para um caminho melhor. O estudo advém de uma problemática de dada sociedade, que posteriormente pode ser utilizado para se compreender o contexto histórico da mesma.
Existiam duas formas de se estudar a sociedade uma analisando os indivíduos e outra